Um silêncio
Tomou conta do meu silêncio
Chegando até atingir
As últimas da minha alma
Bem profundo
Sem a mínima possibilidade
Nenhuma de emergir
É forte profundo sem ruído
Me sinto estranho
Por nunca ter ouvido
Meu próprio silêncio
Como ouço agora
Uma sensação estranha
Totalmente anestesiante
Tranqüilidade da minha alma
Sinto todo o meu corpo
E ao mesmo tempo flutuo
Emerge tranqüilo
Agora sem nada ouvir
É isso que uma alma necessita para viver?
Silêncio!
Agora sim
Nele pude ver
Muitas coisas no meu interior
Lágrimas que chorei para dentro
Acho que com medo de expor-la
Medos que deixei de sentir
Só para preservar a coragem
Vi quantas coisa boas tem lá dentro
Só que ainda não aprendi usá-la
Por mais estranho que seja
Vi todos os problemas
Principalmente minhas culpas e desculpas
Transes e questões
Pude ver como é puro o coração
Penso que essas questões somáticas
Acho que ficam na alma
E não no coração.
Emergir agora totalmente lúcido
Calado por meu silêncio
Sem uma única dor
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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